quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Epitáflor para o Mão-de-barros - (*19-12-1916 *13-11-2014)



  
Aqui jaz            um jarro
Nele habitava o poeta de barro

que verteu o cântaro de seus cantos
recitando às raízes
suas derradeiras
águas derramadas

evaporou poesia ‘té o fim:

e quando o sol chamejou sua argila
deixou de lado seu jarro
fermentou suas uvas
e foi-se mundo-fora
brincar de fazer chuva