Onde o futuro mora?
Onde estará ele agora?
Serras, nascentes das minas
Água, ventre, fontes
Derramam seus ramos raros
Tesouro é ver o sol
Em sua dourada aquarela
Cá estamos nós, de pé no chão
Frutos da vida silenciosa,
A vida, mãe e ceifeira,
espalha nossas vozes...
nós, as crianças da estação...
Nós, aves migrantes,
Terras desconhecidas:
O ermo que somos
Abri mão da esmeralda;
guardo o elo
o esmero e a amada.
Eu vi o futuro:
ele é uma mão aberta
misturando os tempos
o antes e o durante
(o suor do diamante)
Levados ao fogo-vivo:
Etéreo pretérito redivivo a recém-nascer de novo no tempo
vindouro.
O que está
porvir
é o que
é
o que
Vir-A-ser
T.E.A