Imagem II – Fragmento do período romano, n. 28 (século
II d.C.)
Terra Incognita
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Quetzalcóatl-Ehécatl-Vento - Sèculo VII, Uaxactún, México. Terracota
Postado por
Tiago Éric de Abreu
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Epitáflor para o Mão-de-barros - (*19-12-1916 *13-11-2014)
Aqui jaz um jarro
Nele habitava o
poeta de barro
que verteu o
cântaro de seus cantos
recitando às
raízes
suas
derradeiras
águas
derramadas
evaporou poesia
‘té o fim:
e quando o sol
chamejou sua argila
deixou de lado
seu jarro
fermentou suas
uvas
e foi-se
mundo-fora
brincar de fazer chuva
Postado por
Tiago Éric de Abreu
domingo, 28 de julho de 2013
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Chão
Na terra vermelha
a oração do louva-deus
comove as gotas do orvalho
os mitos do mato:
silêncio e realeza
em toda certeza fica sempre uma pergunta em aberto
no cerne do sonho
a carne da tribo
a onda se levanta
e tomba na praia
o lírio branco deita-se na relva
aprecia o inestimável instante raro:
o tempo não passou: foi só a flor, em botão, que se abriu
E o Serafim nas matas canta aleluias
e nas lendas do formigueiro brotam asas
e carregam os sonhos da terra mundo adentro
T. Abreu
Postado por
Tiago Éric de Abreu
Terra
Onde o futuro mora?
Onde estará ele agora?
Serras, nascentes das minas
Água, ventre, fontes
Derramam seus ramos raros
Tesouro é ver o sol
Em sua dourada aquarela
Cá estamos nós, de pé no chão
Frutos da vida silenciosa,
A vida, mãe e ceifeira,
espalha nossas vozes...
nós, as crianças da estação...
Nós, aves migrantes,
Terras desconhecidas:
O ermo que somos
Abri mão da esmeralda;
guardo o elo
o esmero e a amada.
Eu vi o futuro:
ele é uma mão aberta
misturando os tempos
o antes e o durante
(o suor do diamante)
Levados ao fogo-vivo:
Etéreo pretérito redivivo a recém-nascer de novo no tempo
vindouro.
O que está
porvir
é o que
é
o que
Vir-A-ser
T.E.A
Postado por
Tiago Éric de Abreu
sábado, 12 de janeiro de 2013
Encadeia
Um poeta contemporâneo foi condenado
por dizer coisas indizíveis
e revelar segredos da alcova
sobre o casamento do Céu e a Terra
Seus crimes:
o maior de seus pecados foi
falar de amor, crime inafiançável
Sua pena:
o poeta foi condenado a ser livre,
e a prestar serviços à comunidade,
de livre e espontânea vontade:
Pela ordem da justiça interna de sua consciência
teve de confessar à força em praça pública
sua ousadia de ser sincero consigo mesmo
Porque nesses tempos de redes e enredos
Ele fundou sua Religião da Luz e adorou o Sol
- mãe de toda manifestação verossímil - visível e invisível
Ele, discípulo dos rios selvagens,
Retratou-se perante os universos:
Cantou em voz alta e clara, para todo mundo ouvir
diante de todos, em alto e bom som,
de muito bom gosto uma canção de amor,
como há tempos não se ouvia nas Américas.
Tiago Abreu
e livre
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Tiago Éric de Abreu
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