sábado, 8 de junho de 2019


Imagem II – Fragmento do período romano, n. 28 (século II d.C.)








segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Quetzalcóatl-Ehécatl-Vento - Sèculo VII, Uaxactún, México. Terracota

Espírito IK, deus do Vento. Mantém identidade com Quetzalcóatl em sua forma Ehécatl, divindade do vento.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Epitáflor para o Mão-de-barros - (*19-12-1916 *13-11-2014)



  
Aqui jaz            um jarro
Nele habitava o poeta de barro

que verteu o cântaro de seus cantos
recitando às raízes
suas derradeiras
águas derramadas

evaporou poesia ‘té o fim:

e quando o sol chamejou sua argila
deixou de lado seu jarro
fermentou suas uvas
e foi-se mundo-fora
brincar de fazer chuva

domingo, 28 de julho de 2013

O Teatro Alquímico - Tiago Abreu





































Fotos: Taty Coelho.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Chão


Na terra vermelha
a oração do louva-deus
comove as gotas do orvalho

os mitos do mato:
silêncio e realeza
em toda certeza fica sempre uma pergunta em aberto

no cerne do sonho
a carne da tribo

a onda se levanta
e tomba na praia

o lírio branco deita-se na relva
aprecia o inestimável instante raro:
o tempo não passou: foi só a flor, em botão, que se abriu

E o Serafim nas matas canta aleluias
e nas lendas do formigueiro brotam asas
e carregam os sonhos da terra mundo adentro


T. Abreu

Terra



Onde o futuro mora?
Onde estará ele agora?

Serras, nascentes das minas
Água, ventre, fontes

Derramam seus ramos raros
Tesouro é ver o sol
Em sua dourada aquarela

Cá estamos nós, de pé no chão
Frutos da vida silenciosa,
A vida, mãe e ceifeira,
espalha nossas vozes...
nós, as crianças da estação...

Nós, aves migrantes,
Terras desconhecidas:
O ermo que somos

Abri mão da esmeralda;
guardo o elo
o esmero e a amada.
Eu vi o futuro:
ele é uma mão aberta
misturando os tempos

o antes e o durante
(o suor do diamante)
Levados ao fogo-vivo:
Etéreo pretérito redivivo a recém-nascer de novo no tempo vindouro.

O que está
                                               porvir
                                               é o que

é

o que




Vir-A-ser




T.E.A

sábado, 12 de janeiro de 2013

Encadeia



Um poeta contemporâneo foi condenado
por dizer coisas indizíveis
e revelar segredos da alcova
sobre o casamento do Céu e a Terra

Seus crimes:
o maior de seus pecados foi
falar de amor, crime inafiançável

Sua pena:
o poeta foi condenado a ser livre,
e a prestar serviços à comunidade,
de livre e espontânea vontade:
Pela ordem da justiça interna de sua consciência
teve de confessar à força em praça pública
sua ousadia de ser sincero consigo mesmo

Porque nesses tempos de redes e enredos
Ele fundou sua Religião da Luz e adorou o Sol
- mãe de toda manifestação verossímil - visível e invisível

Ele, discípulo dos rios selvagens,
Retratou-se perante os universos:
Cantou em voz alta e clara, para todo mundo ouvir
diante de todos, em alto e bom som,
de muito bom gosto uma canção de amor,
como há tempos não se ouvia nas Américas.

Tiago Abreu
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o leão é leal
e livre
e vive
na savana selvagem

Eu sou pobre,
porém rico

sou o meu tesouro
                     Vivo



Tiago Abreu

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